Após quase uma
semana de descanso em Noronha, depois da atribulada REFENO deste ano (ver post
anterior), no Sábado dia 04 de Outubro às 7 e meia da noite saímos de Fernando
de Noronha rumo a Fortaleza.
Nem sempre a vida no mar é um "mar de rosas",
principalmente no que diz respeito à burocracia da Capitania dos Portos para
emitir um despacho (documento de entrada e/ou saída de um porto, obrigatório
para embarcações que entram ou saem do país por qualquer porto brasileiro).
O vento estava muito
forte e a ancoragem na barreta de NW estava muito desconfortável. A âncora
ficou presa em uma pedra e tive que mergulhar para soltá-la. Estávamos com uns
8-9 metros de profundidade, o que tornou a operação bem difícil. Voltei para a superfície
no limite de meus pulmões, felizmente com a missão cumprida pois se precisasse
descer de novo acho que não teria mais fôlego para isso.
Rumamos então para
Fortaleza, nosso último porto brasileiro antes de iniciar nossa jornada em
águas internacionais. A viagem foi ótima, apesar de o mar estar bem agitado na
maior parte do tempo. Apenas nas últimas 24 horas tivemos um descanso pois o
mar acalmou e tivemos uma navegação em popa rasa fantástica, apenas com a vela
grande em cima e ventos de 22-25 nós, empurrando o Blue Wind a invejáveis 10
nós de velocidade. A Ani não mareou em nenhum momento, mesmo tendo optado por
não tomar remédio para enjôo, o que tornou nossa navegação ainda mais
prazerosa.
Às 21:40hs do dia 06
de Outubro chegamos à Fortaleza. A maré estava baixa o que dificultou a entrada
na marina do hotel Marina Park. Decidimos então ancorar do lado de for a da
marina e dormir, ficando a tarefa de atracar o barco para o dia seguinte. Imaginem
como foi nossa noite após 52 horas no mar… Literalmente apagamos! No dia seguinte
atracamos o barco, fomos muito bem recebidos pelo Armando, gerente da marina,
que faz de tudo para que os velejadores que por lá passam se sintam em casa. Dois
dias depois fechamos o Blue Wind e voltamos todos para casa, para resolver as
últimas pendências em terra antes de iniciar nossa próxima perna, dessa vez bem
mais longa, rumo ao Caribe.
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